Arte Romana
Falar da Arte Romana é, necessariamente, passar pela formação da cidade de Roma e o Império Romano. A formação de Roma data de 753 a.C., e o Império Romano será uma experiência extremamente vasta e longeva. De modo que, entender o que é a cultura e a arte Romana é uma tarefa complicada. Porque o que se entende como Império Romano e o que se entende como Roma Antiga vai muito além do que o nosso atual conhecimento sobre fronteiras compreende. Podemos ver, dessa forma, exemplares da arte romana tanto no Marrocos quanto em Londres, tanto no Oriente Médio quanto na África e na Europa.
Mesmo com tamanha expansão, pode-se dizer que, se existe um DNA romano, ele provavelmente é composto em imensa parte pela arte e da cultura grega. Há uma grande inspiração, um grande sentido de referência. Além da cultura grega, pode-se mencionar também a cultura e a arte etrusca. Enquanto a arte grega é orientada pela busca por um ideal de beleza, a arte etrusca será mais popular, mais voltada para a expressão da realidade vivida.
Arquitetura
A principal diferença entre a arquitetura grega e a romana é que a Grega criava edifícios para serem vistos do EXTERIOR, ou seja, do lado de fora. Enquanto a Romana procurava criar espaços interiores, ou seja, o lado de dentro. O Panteão, construído em Roma durante o reinado do imperador Adriano, é o melhor exemplo dessa diferença: Ele foi planejado para reunir a grande diversidade de deuses existentes em todo o império. Sua planta circular fechada por uma cúpula cria um local isolado do exterior, onde o povo se reunia para o culto. Hoje em dia o Panteão é ocupado por uma igreja cristã.
Arquitetura dos teatros da Arte Romana
Enquanto os teatros gregos da antiguidade serão localizados em ambientes externos, os romanos criarão espaços fechados mais próximos do que entendemos como a estrutura do teatro de hoje em dia. Aqui, graças ao uso de arcos e abóbadas, que herdaram dos etruscos, os romanos trarão a existência o teatro fechado como conhecemos. E, além dele, o modelo de anfiteatro, que é uma construção circular com arquibancadas formadas por arcos. Como o coliseu, por exemplo.
Arquitetura secular
O arco e a abóbada também serviram de base para projetos de construção tais como esgotos, pontes e aquedutos, no qual se busca uma eficiência utilitária. Ou seja, projetos de construção para a vida e o dia a dia da cidade, de infraestrutura das cidades. O aqueduto, por exemplo, é uma construção que transporta água em diferentes níveis de altura e para diversas distâncias. E possibilita, com isso, uma maior distribuição da água pelas cidades, aumentando as áreas cultiváveis e dinamizando ambientes antes hostis e secos.
Há um senso de praticidade na arquitetura romana, de engenharia, herdada dos etruscos. Ao mesmo tempo, há um grande respeito e um grande senso de referência em relação ao modelo grego.
Esculturas da Arte Romana
Na escultura romana pode-se perceber que, apesar da influência grega, nota-se que os romanos, por temperamento, eram bastante diferentes, mais realistas e práticos. Enquanto a escultura grega vai tentar buscar a beleza da forma humana, a beleza pela beleza, a escultura romana é uma representação de pessoas que de fato existiram. Ao observar a estátua do imperador romano Augusto, pode-se perceber as feições do próprio imperador, e não de um ideal de beleza masculino. Ou ao menos não tanto como o modelo grego. Além disso, as estátuas, em sua maioria, trajam as roupas da época.
Uma arte política
Desde os primeiros tempos da República se glorificavam os chefes políticos e militares proeminentes, erguendo-lhes estátuas em locais públicos. Essa prática prosseguiu para o período imperial.
Em Roma, os acontecimentos históricos eram representados também pela arte. Era costume um chefe militar vitorioso ter os seus feitos pintados em painéis que eram transportados no cortejo triunfal ou expostos em locais públicos. Eram um instrumento para a glorificação do governo imperial e os imperadores não hesitavam em usá-los em grande escala.
Enquanto destacamos grosseiramente na arte Egípcia uma preocupação com a vida após a morte e a grega com uma busca pela beleza, na arte Romana podemos notar que a sua arte vai traduzir as referências que esse povo tem em relação a gregos, etruscos e sua própria identidade. Mas vai também retratar a expansão e a continuidade desse império. Então… O foco da arte romana é a expansão do império. Não está sendo dito aqui que a expansão apenas era uma preocupação romana, mas sim que a arte que nos chega, de alguma maneira, corrobora com a idéia dessa arte política. Dessa arte ligada aos imperadores e à expansão. Uma arte que vai caminhar de mãos dadas com os passos que essa civilização dará.
O Caminhar da civilização romana
Como já dito, o império Romano se expandirá para áreas muito além do que entendemos hoje como Roma. Mesmo partes da Inglaterra, de Portugal, do Norte da Europa e do Oriente Médio serão parte do Império Romano em algum momento. No mapa, podemos observar o quanto o Império Romano crescerá ao longo do tempo. E durará por muito tempo.
Pinturas da Arte Romana
Boa parte das pinturas e das obras de arte da época foram destruídas pela erupção do vulcão Vesúvio, nas cidades de Pompeia e Herculano. Essas pinturas faziam parte da decoração interna dos edifícios. Suas ruínas foram descobertas no século 18. Tal e qual aconteceu nas esculturas, as pinturas também trarão muitos retratos. Alguns com motivações políticas.
Mosaico
Uma das técnicas usadas pelos romanos para a produção de arte é a do mosaico. O mosaico consiste em criar figuras e imagens com pequenos fragmentos de materiais. Que geralmente são coloridos. Dessa forma, cada pedacinho colorido será unido e colado a outros para formar a imagem.
Religião e Conversão no Império
Qual era a religião do império romano? A religião do império romano, no começo, era uma religião aproximada da religião grega, porém com nomes diferentes. Com o passar do tempo, mais precisamente com o imperador Constantino, acontece a conversão do Império para o cristianismo. E aí os cristãos, que eram uma minoria perseguida pelo império, passam a ser a religião oficial.
O declínio do Império
Como caiu o império romano? O Império Romano se expandiu ao longo do tempo. Quando temos uma área pequena para limpar e cuidar, é mais fácil dar conta dessa área. Agora quanto maior for a área, mais difícil vai ficando dar conta de cuidar de tudo. É um pouco o que acontece com o Império Romano.
Além de ter que lidar com invasores, que queriam tomar o espaço que eles haviam roubado de outros, eles também tiveram que lidar com crises internas, brigas de ego e lutas por poder. Com o tempo, o império romano vai se dividir para melhor se organizar, e isso trará dois desdobramentos que veremos no futuro: A civilização Bizantina e a Idade Média.
Até lá!
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